Promovida pela Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), a exposição de 80 fotografias fica aberta ao público até o próximo domingo (19), das 9h às 16h, no hall do Auditório da Ciência do Inpa.
A atividade da faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Instituto (SNCT/Inpa), que busca mobilizar a população, especialmente crianças e jovens, em torno de temas de C&T. Cerca de 120 atividades fazem parte da Semana, na capital e no interior do Amazonas.
A exposição é composta por 80 imagens de fotógrafos profissionais, reconhecidos mundialmente (André Zumak, Anselmo D´Affonsêca, Doug Allan, Edmar Barros, Kevin Achafer e José Zamith Filho, também curador da exposição), e também de pesquisadores do Inpa. Eles registraram as experiências de campo no monitoramento dos mamíferos aquáticos da Amazônia.
De acordo com o diretor-executivo da Ampa, Jone César Silva, a exposição é oportunidade de perceber que o boto-vermelho vale muito mais vivo que morto. “O nosso desejo é que o boto continue encantando os nossos olhos com sua beleza e viva nos rios da maior bacia hidrográfica do mundo, realizando o seu papel de manter o equilíbrio ecológico”, destaca Jone.
O boto-vermelho é utilizado ilegalmente como isca para a pesca da piracatinga, também conhecida como douradinha. Uma instrução normativa interministerial proibiu a pesca da piracatinga na Amazônia até 2020. A moratória só passa a valer a partir de janeiro de 2015. A Ampa está em campanha para adiantar o prazo e evitar a morte de milhares de botos.
A Ampa atua há mais de uma década na conservação e pesquisa dos cinco mamíferos aquáticos da Amazônia: peixe-boi, boto-vermelho, boto tucuxi, ariranha e lontra. A organização recebe incentivos do Programa Petrobras Socioambiental, por meio da Petrobras, e do Projeto Ecoturismo Amigo do boto-vermelho, através do Programa Oi Futuro.
Piraiá-guará
O boto-vermelho é conhecido como Piraiá-guará, que em tupy-guarani significa “peixe-vermelho”. O nome boto-cor-de-rosa, popularizou-se no Brasil na década de 80 quando o documentário francês “Jacques Cousteau na Amazônia” foi traduzido ao pé da letra do inglês para o português – Pink dolphin como golfinho cor-de-rosa e posteriormente popularizado como boto-cor-de-rosa, para diferenciá-lo do boto-cinza, o tucuxi.
Mais informações com a Ampa: (92) 3236-2739 e 8802-3520