O veterinário do Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA/Inpa), Anselmo d´Affonseca, junto ao diretor do Inpa, Henrique Pereira, apresentou à rainha Mary o trabalho no centro de reabilitação dos filhotes de peixe-boi da Amazônia
Por Fernanda Farias – Ascom Ampa
Para fortalecer as cooperações entre Brasil e Dinamarca, a rainha Mary Donaldson, veio ao país para conhecer mais sobre as pesquisas brasileiras na área de Biodiversidade e Mudanças Climáticas. No Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), a monarca visitou, entre outros setores, o Laboratório de Mamíferos Aquáticos, que em parceria com a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), realiza ações de pesquisa e conservação.
Para mostrar um pouco do trabalho realizado no laboratório, o veterinário do LMA, Anselmo d´Affonseca, recebeu a rainha no centro de reabilitação de peixes-bois, que chegam resgatados. “É muito importante a gente receber os representantes dos países aqui no projeto, principalmente da família real, que tem muita influência porque a gente consegue ter uma maior visibilidade pra projetos que precisam de parcerias pra realizar as atividades de conservação”.
O tratador Daniel Bezerra auxiliou a rainha Mary a dar mamadeira ao filhotes de peixe-boi.
Durante a visita no Parque Aquático Robin C. Best, a rainha pode alimentar um filhote de peixe-boi com a fórmula láctea desenvolvida no laboratório por meio de pesquisa com o leite da peixe-boi mais antiga do Inpa, a Boo.
“Aqui a rainha conheceu o trabalho que o projeto desenvolve com os filhotes resgatados, desde a reabilitação deles, manejo diário, e também como funciona o processo de soltura, depois de adultos, nos rios da Amazônia”, explica o veterinário.
Projeto Peixe-boi
O Projeto Peixe-boi já devolveu mais de 40 peixes-bois reabilitados à natureza, desde que o programa de Soltura começou em 2008. O LMA recebe filhotes de peixe-boi resgatados oriundos da caça ilegal e captura acidental em redes de pesca há 50 anos.
O sucesso das pesquisas, do processo de reabilitação e manejo dos peixes-bois gerou um plantel de animais apto para retornar a natureza. Além da soltura em si, o programa colhe informações sobre a capacidade de adaptação ao ambiente natural dos peixes-bois criados em cativeiro, estudando seus movimentos diários e sazonais, área de vida e uso do habitat em pequena e larga escala.
O Projeto peixe-boi recebe apoio de algumas instituições e empresas privadas que destinam fundos para que a Ampa consiga realizar as ações do projeto, como o Seaworld, por meio do Fundo de Conservação do SeaWorld & Busch Gardens, que apoia projetos de Conservação em todo do Brasil.
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